quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Mariana é o maior desastre ambiental do Brasil


Segundo o pesquisador, os rejeitos da Mina de Germano, no município de Mariana (MG), formarão um “tapete mortal” no fundo do Rio Doce e seus afluentes. Além disso, podem penetrar o solo e infiltrar no lençol freático, inviabilizando o plantio e o uso da água de poços.
O pesquisador também diz que a divulgação do tipo e do teor dos resíduos tóxicos contidos na mistura de rejeitos e lama não poderia demorar tanto. “Isso impede a definição de medidas e agrava os riscos para o ambiente e à saúde das pessoas.”

O perigo dos metais pesados
Saúde!Brasileiros
A exposição prolongada aos metais pesados é perigosa porque eles são facilmente absorvidos pelos organismos vivos. Entre os mais usados pela indústria, estão o mercúrio, arsênio, cádmio, manganês e chumbo. De modo geral, seu acúmulo no organismo prejudica as funções neurológicas, o sistema imune e o funcionamento dos pulmões, rins e fígado.

Estudos apontam danos específicos conforme o tipo de metal

O mercúrio, por exemplo, atinge mais fortemente o cérebro, o coração, os rins e pulmões e o sistema imune. O excesso de cádmio está associado às disfunções renais, doença pulmonar obstrutiva, câncer de pulmão e comprometimento ósseo (osteomalacia e osteoporose).
Chumbo atinge diretamente o funcionamento dos rins, o trato gastrointestinal, o sistema reprodutivo e faz lesões agudas ou crônicas do sistema nervoso, além de danos ao sangue.
O excesso de manganês decorrente de exposições prolongadas pode causar rigidez muscular, tremores das mãos e fraqueza, problemas de memória, alucinações, doença de Parkinson, embolia pulmonar e bronquite.
O arsênio está ligado ao aparecimento de lesões e câncer de pele, bexiga e pulmão e doenças vasculares.

Leia mais aqui: http://brasileiros.com.br/2015/11/mariana-e-o-maior-desastre-ambiental-ocorrido-no-pais/ ;
Alguns Dos Desastres Ambientais do Mundo 



•1976 - Seveso – Itália. 

   A cidade de Seveso, na Itália, tornou-se mundialmente famosa quando em 10 de julho de 1976. Tanques de armazenagem na indústria química ICMESA romperam, liberando vários quilogramas da dioxina TCDD (2,3,7,8-tetraclorodibenzo-p-dioxina) na atmosfera e o produto espalhou-se por grande área na planície Lombarda, entre Milão e o lago de Como. Devido à contaminação, 3000 animais morreram e outros 70000 animais tiveram que ser sacrificados para evitar a entrada da dioxina na cadeia alimentar. Acredita-se que não tenha havido mortes de seres humanos diretamente vinculadas ao acidente, mas 193 pessoas nas áreas afetadas sofreram de cloracne e outros sintomas.

•1979 - Three Mile Island – Pensilvânia – Estados Unidos.

   O acidente ocorrido em 28 de março de 1979, na usina nuclear de Three Mile Island, estado da Pensilvânia nos Estados Unidos, foi causado por falha do equipamento devido o mau estado do sistema técnico e erro operacional. Houve corte de custos que afetaram economicamente a manutenção e uso de materiais inferiores. Mas, principalmente apontaram-se erros humanos, com decisões e ações erradas tomadas por pessoas despreparadas.
  O acidente desencadeou-se pelos problemas mecânico e elétrico que ocasionaram a parada de uma bomba de água que alimentava o gerador de vapor, que acionou certas bombas de emergência que tinham sido deixadas fechadas. O núcleo do reator começou a se aquecer e parou e a pressão aumentou. Uma válvula abriu-se para reduzir a pressão que voltou ao normal. Mas a válvula permaneceu aberta, ao contrário do que o indicador do painel de controle assinalava. Então, a pressão continuou a cair e seguiu-se uma perda de líquido refrigerante ou água radioativa: 1,5 milhão de litros de água foram lançados no rio Susquehanna. Gases radioativos escaparam e atingiram a atmosfera. Outros elementos radioativos atravessaram as paredes.
•1984 – Vila Socó – Cubatão – Brasil.
   
Por volta das 22h30 do dia 24/02/1984 moradores da Vila Socó (atual Vila São José), Cubatão/SP, perceberam o vazamento de gasolina em um dos oleodutos da Petrobrás que ligava a Refinaria Presidente Bernardes ao Terminal de Alemoa.

   A tubulação passava em região alagadiça, em frente à vila constituída por palafitas. Na noite do dia 24, um operador alinhou inadequadamente e iniciou a transferência de gasolina para uma tubulação (falha operacional) que se encontrava fechada, gerando sobrepressão e ruptura da mesma, espalhando cerca de 700 mil litros de gasolina pelo mangue. Muitos moradores visando conseguir algum dinheiro com a venda de combustível, coletaram e armazenaram parte do produto vazado em suas residências. Com a movimentação das marés o produto inflamável espalhou-se pela região alagada e cerca de 2 horas após o vazamento, aconteceu a ignição seguida de incêndio. O fogo se alastrou por toda a área alagadiça superficialmente coberta pela gasolina, incendiando as palafitas
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•1984 – Bhopal – Índia. 
   
  
A tragédia de Bhopal foi um desastre industrial que ocorreu na madrugada de 3 de dezembro de 1984, quando 40 toneladas de gases tóxicos vazaram na fábrica de pesticidas da empresa norte-americana Union Carbide. É o pior desastre industrial ocorrido até hoje. Mais de 500 mil pessoas, a sua maioria trabalhadores, foram expostas aos gases e pelo menos 27 mil morreram por conta disso. A Union Carbide, empresa de pesticidas de origem americana, se negou a fornecer informações detalhadas sobre a natureza dos contaminantes, e, como conseqüência, os médicos não tiveram condições de tratar adequadamente os indivíduos expostos. 
•1986 – Chernobyl – Rússia. 
  
    O acidente nuclear de Chernobil ocorreu dia 26 de abril de 1986, na Usina Nuclear de Chernobil (originalmente chamada Vladimir Lenin) na Ucrânia (então parte da União Soviética). É considerado o pior acidente nuclear da história da energia nuclear, produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido, com a liberação de 400 vezes mais contaminação que a bomba que foi lançada sobre Hiroshima. 





•1989 – Exxon Valdez – Álaska. 
    
Navio superpetroleiro, o Valdez, a serviço da Exxon, bateu na costa do Alasca, deixando escapar 260 mil barris de petróleo, imergindo em óleo praticamente toda a fauna da região.
Consequências: 
Morreram
-250.000 pássaros marinhos;
-2.800 lontras marinhas;
-250 águias;
-22 orcas; e
-bilhões de ovos de salmão.
-A limpeza custou $ 2,5 bilhões..


•2000 – Rio de Janeiro, Brasil. 
  
 A maior estatal brasileira, a Petrobras, foi responsável, no dia 18 janeiro, pelo derramamento de mais de 1 milhão de litros de óleo na baía de Guanabara. Em julho do mesmo ano, mais um acidente. Desta vez, cerca de 4 milhões de litros de óleo cru vazam de refinaria em Araucária (PR).
Consequências:
-A mancha se espalhou por mais de 50 quilômetros quadrados;
-Atingiu o manguezal da área de proteção ambiental (APA) de Guapimirim;
-Inúmeras espécies da fauna e flora;
-Graves prejuízos de ordem social e econômica a população local

2002 – Espanha - Navio Prestige, das Bahamas.

 Em 13 de novembro de 2002 começou a maior catástrofe ambiental que até o momento havia sacudido a costa galega: o afundamento e posterior derramamento de milhares de toneladas de fuel-oil por parte do petroleiro "Prestige".

  O petroleiro grego Prestige naufragou na costa da Espanha, despejando 11 milhões de litros de óleo no litoral da Galícia. A sujeira afetou 700 praias e matou mais de 20 mil aves.
 

2010 – Golfo do México.
  
 Em 20 de abril de 2010, uma explosão na plataforma de petróleo da BP no golfo do México provocou a morte de 11 pessoas após a explosão da plataforma Deepwater Horizon, além de jogar no mar mais de 4 milhões de barris de óleo, no pior desastre ambiental da história dos Estados Unidos.









Leia mais aqui: http://www.prevencaonline.net/2010/06/os-nove-maiores-acidentes-ambientais-da.html; 

Acidente em Chernobyl (Um desastre ambiental nunca mais recuperado)



Na madrugada de sábado, 26 de abril de 1986, ocorreu o acidente com o reator número 4 durante testes realizados na usina nuclear. As partículas que se espalharam pela região despejaram sobre o local uma nuvem de contaminação 400 vezes mais radioativa do que os ataques nucleares contra Hiroshima e Nagasaki ao final da Segunda Guerra Mundial.
Não houve apenas uma causa para o acidente. Os principais motivos são as falhas no projeto técnico na construção dos reatores RBMK, além de falhas humanas no manuseio em suas hastes de controle, o que levou a complicações no nível de calor gerado pelo dispositivo. As altíssimas temperaturas destruíram o reator 4, ocasionando o maior acidente nuclear da história.
Foto 1. Reator 4 da usina nuclear de Chernobyl.

Até o dia 5 de maio de 1986, o governo soviético despejou, com a ajuda de helicópteros, 2,4 mil toneladas de chumbo e 1,8 toneladas de areia para tentar abafar de vez o fogo do reator 4 de Chernobyl e também absorver a radioatividade, evitando que ela se espalhasse ainda mais. Em 6 de maio, a emissão radioativa e o fogo foram controlados.
Chernobyl é um assentamento da cidade de Pripyat e a área de isolamento na região, que a princípio era de 2.800 km², chegou a 4.300 km². Os 45 mil habitantes da cidade foram removidos logo após o acidente e, ao todo, 210 mil pessoas foram levadas para locais menos contaminados. O governo socialista tratou os atingidos com iodo e, ainda em 1986, um “sarcófago” foi concluído em torno do reator destruído para absorver o restante da radiação da usina. 

25 anos depois

Passado um quarto de século desde o acidente, Pripyat e Chernobyl se tornaram cidades-fantasma de aspecto apocalíptico, parecendo cenários de filmes como “Os 12 macacos” ou “Eu sou a lenda”.Em declaração à agência de notícias AFP, o professor de biologia Tim Mousseau, da Universidade da Carolina do Sul, EUA, afirmou que a região de Chernobyl ainda representa uma ameaça para a natureza. Mousseau é estudioso dos efeitos do acidente para a biodiversidade local e publicou ano passado um censo sobre da vida selvagem na região.
De acordo com o professor, há hoje menos animais e espécies do que o esperado no entorno de Chernobyl, tanto no número de mamíferos quanto no de insetos. Além disso, em fevereiro de 2011 foram registrados 550 pássaros e 48 espécies de oito locais diferentes. Os animais tiveram seus cérebros medidos e as aves que habitavam locais de alta radiação tinham cérebros 5% menores do que as que viviam em locais com menor índice radioativo.
Foto 2. Cidade de Pripyat, com a usina de Chernobyl ao fundo: visual apocalíptico. 

Nos últimos 25 anos, milhares de pessoas desenvolveram câncer em decorrência da alta exposição à radiação emitida pela usina. As Nações Unidas apontam, em relatório publicado em 2002, para 4 mil casos de câncer de tiroide em pessoas que eram crianças e adolescentes na época do acidente, número que deve dobrar nas próximas décadas.
É consenso que pelo menos 1,8 mil crianças e adolescentes, habitantes das áreas de maior contaminação na Bielorrússia, desenvolveram câncer de tiroide. A doença, contudo, é tratável e, de acordo com um relatório da NucNet (uma agência de comunicação especializada em notícias e relatórios sobre energia nuclear), a taxa de sobrevivência de portadores da doença no país é de 99%.

Leia mais aqui: http://www.tecmundo.com.br/energia/9897-25-anos-do-desastre-de-chernobyl-mitos-e-verdades-da-energia-atomica.htm ;